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METABOLISMO

Até à data, não há estudo sobre o destino metabólico da desomorfina no corpo humano. [1]

Vias metabólicas propostas: [1]

N-desmetilação

Hidroxilação

N-oxidação

glucuronidação

Sulfatação

Padrão de metabolitos da desomorfina em urina de rato, microssomas de fígado humano e citoplasma de fígado humano (adaptado de [1])

O rastreio da atividade inicial do citocromo P450 revelou que a isoenzima CYP3A4 era a única de entre as CYP envolvida na fase I do metabolismo.

 

Além disso, o rastreio da atividade inicial de UDP-glucuroniltransferase (UGT) mostrou que se formava o glucuronídeo da desomorfina.

 

Desta forma a ingestão de desomorfina pode ser detetável por todos os métodos convencionais de rastreio da urina, principalmente através do composto original e do seu glucuronídeo. [1]

MORFINA

A desomorfina tem uma estrutura química semelhante à da morfina, embora existam algumas diferenças estruturais. [1] A hidrogenação da dupla ligação 7,8 leva a um aumento de ação, que em combinação com a ausência do 6-OH do anel ciclohexilo, torna a desomorfina mais lipofílica que a morfina e favorece a penetração no cérebro. Isto pode explicar a sua potência 10 vezes superior que a morfina e um efeito analgésico mais rápido. [2]

DESOMORFINA
A desomorfina

DL50 (desomorfina) = 27 mg/kg

DL50 (heroína) = 22 mg/kg

DL50 (codeína) = 300 mg/kg

DL50 (morfina) = 226-318 mg/kg

O DL50 foi determinado após injeções das substâncias em ratos. [2]

Síntese

Tem um efeito sedativo cerca de 15 vezes superior à morfina. [1,3]

Tem um efeito analgésico 8-10 vezes superior à morfina. [1]

Tem um início de ação mais rápido (2-3 minutos) e um tempo de semi-vida mais curto relativamente à morfina. [1]

Tem uma curta duração de ação, de cerca de duas horas e os seus efeitos não são prolongados com o aumento da dose. [1,3]

Tem um efeito depressor dez vezes superior à morfina.

Tende a provocar uma maior incidência de naúseas.[1]

Mecanismo de ação

Referências:

[1] Florez, D. H., et al. (2017). "Desomorphine (Krokodil): An overview of its chemistry, pharmacology, metabolism, toxicology and analysis." Drug Alcohol Depend 173: 59-68.

[2] Alves, E. A., et al. (2015). "The harmful chemistry behind krokodil (desomorphine) synthesis and mechanisms of toxicity." Forensic Sci Int 249: 207-213.

[3] Skowronek, R., et al. (2012). ""Crocodile"--new dangerous designer drug of abuse from the East." Clin Toxicol (Phila) 50(4): 269.

Imagem retirada do site: http://metro.co.uk/2014/03/23/flesh-eating-drug-krokodil-could-sink-its-teeth-into-british-addicts-health-workers-warned-4674343/ (acedido a 18/05/2017)

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